Forças especiais dos EUA entram na Síria e matam liderança do 'EI'

A operação, realizada na madrugada deste sábado, foi autorizada pelo presidente Barack Obama, na capacidade de comandante-em-chefe das Forças Armadas americanas.

O plano tinha como objetivo capturar Abu Sayyaf, descrito pelo Departamento de Defesa dos EUA como uma peça-chave no mecanismo de financiamento do "Estado Islâmico". Ele tinha um papel militar e ajudava a dirigir os negócios do EI em transações de petróleo, gás e recursos ilícitos, afirmou o órgão em nota.

Sayyaf e cerca de dez outros militantes morreram na troca de tiros. Nenhum soldado americano morreu no incidente, disse a Casa Branca.

A mulher dele, Umm Sayyaf, descrita como cúmplice em "atividades terroristas" e possivelmente na escravização de uma jovem da etnia yazidi resgatada durante a operação, foi presa.

Ofensiva contra o EI

Obama autorizou o plano apesar do fraco apetite da opinião pública americana por operações de terra envolvendo soldados do país. No entanto, forças especiais podem ser mais facilmente mobilizadas para ações desse tipo, afirmou a correspondente da BBC em Washington Rajini Vaidyanathan.

A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Bernadette Meehan, disse que a operação foi conduzida "com total consentimento das autoridades iraquianas".

Mais cedo, a imprensa síria informou que forças do governo mataram pelo menos 40 militantes do EI, incluindo o "ministro do Petróleo" do grupo, durante uma ofensiva no maior campo de petróleo do país, Deir al-Zour.

Petróleo e gás são fontes importantes de financiamento do "Estado Islâmico", dizem analistas e fontes de inteligência. A milícia controla grande parte do território sírio e iraquiano.

A luta contra a milícia continua em diversas frentes. O Iraque enviou reforços para a cidade de Ramadi, onde a milícia tomou edifícios importantes na sexta-feira e hasteou neles sua bandeira. Ramadi fica a 100 quilômetros de Bagdá.

Na quinta-feira, militantes do EI ocuparam partes da cidade síria de Tadmur. A cidade é vizinha de Palmira, fundada há 4 mil anos e considerada uma das joias arqueológicas do Oriente Médio.

Teme-se que, se a cidade cair nas mãos do EI, pode ser a próxima "vítima" das depredações do grupo extremista muçulmano. Mas o avanço do EI em direção a Palmira está sendo contido pelo exército da Síria.

Informações de www.bbc.co.uk/
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