Caso Bruno: “Como bom cristão, ele está fazendo isso de espontânea vontade”, diz advogado


A primeira tentativa do goleiro Bruno Fernandes, 27, de reconhecer a paternidade de Bruno Samudio, de 2 anos e 3 meses, não deu certo. Um dos advogados do jogador, Francisco Simim, formalizaria o pedido ontem no cartório Amaral, no centro de Belo Horizonte, porém, como ele não tinha a certidão de nascimento do garoto, não pôde concluir o procedimento.


Simim pretende solicitar à avó da criança, Sonia Fatima de Moura, a certidão de nascimento de Bruninho para voltar ao cartório. Enquanto isso, o goleiro Bruno aguarda na cadeia o julgamento, em última instância, de seu habeas corpus. Ele está preso há um ano e 10 meses, sob acusação de mandar matar Eliza Samudio, mãe de Bruninho, para não pagar pensão.

O ex-atleta do Flamengo se comprometeu a destinar 10% de seus rendimentos à criança e às duas filhas que ele tem com Dayanne Rodrigues, sua ex-mulher. Com os R$ 500 mensais que ele recebe prestando serviços de limpeza na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana, o goleiro terá de destinar R$ 50 aos filhos – R$ 16,66 para cada um.

A mãe de Eliza Samudio, Sonia Moura, 46, estranha a atitude do jogador, justamente na fase em que ele aguarda a decisão final do Supremo Tribunal de Federal (STF) sobre seu pedido de liberdade. “Por que ele não fez isso antes? Para mim, ele está querendo passar imagem de bom-moço”, declarou Sonia, que cria Bruninho desde o desaparecimento de Eliza, em junho de 2010.

O advogado de Sonia, José Arteiro, informou que a Justiça do Rio de Janeiro já havia feito o reconhecimento da paternidade de Bruninho, por meio de teste de DNA, e já tinha estabelecido uma pensão de 17,5% da renda do goleiro. No entanto, o Tribunal de Justiça daquele Estado não confirma a decisão, alegando que assuntos da Vara de Família correm em sigilo.

Já o advogado de Bruno, Francisco Simim, afirmou que a determinação da Justiça carioca é nula, uma vez que foi dada quando a criança ainda nem tinha nascido. Outro defensor do jogador, Rui Pimenta, alega que seu cliente decidiu reconhecer a paternidade, mesmo sem teste de DNA. “Como bom cristão, ele está fazendo isso de espontânea vontade”, completou. 

Burocracia. No entanto, o advogado César Fiuza, professor de Direito Civil da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), explicou que a certidão de nascimento não é necessária para fazer o reconhecimento de paternidade. “Basta ir no cartório e tornar pública a vontade”, disse.

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